Olá pessoal!
Fiquei devendo à Raquel e ao Rodrigo o post desse estudo que tivemos no início do ano passado em nossa Célula. É o livro “Autenticidade” da série de estudos para grupos pequenos da editora Interações e publicado pelo Bill Hybels.
Então segue para que possamos refletir e procuramos mudar para melhor nossa vida financeira e mais do que isso…Confiar mais nas provisões que Deus tem nos dado.
A SEDUÇÃO DO DINHEIRO
“Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (1 Timóteo 6:6-10)
Pense em uma típica criança ocidental. Durante os anos mais incríveis da sua vida, ela ouve um fluxo contínuo de conversas a mesa, conversas centradas quase exclusivamente nas coisas que o dinheiro pode comprar. Logo cedo, fica claro para ele que mamãe e papai realmente valorizam o dinheiro.
Ao longo dos anos, a família se muda várias vezes em função das promoções e dos aumentos salariais. A criança convence-se cada vez mais de que tais avanços financeiros são mais importantes do que estabelecer raízes estáveis em relacionamentos ou no campo espiritual.
Mais tarde, as conversas se voltam à faculdade e o diálogo concentra-se em profissões que pagam mais e não naquilo que melhor se adaptará aos talentos naturais daquela criança que cresceu. Para essa pessoa, a mensagem é clara: a remuneração financeira compensará a falta de realização profissional.
Essa pessoa por fim, entra no mercado de trabalho, assumindo um cargo do mais alto potencial remuneratório, ainda que sempre atento a uma oportunidade ainda melhor. E assim ela prossegue sua vida, tomando as decisões importantes sempre de olho nos lucros. Com o tempo, esse típico cidadão ocidental aprende a igualar seu valor pessoal à renda líquida e julga aos outros pelo mesmo parâmetro. Acaba envelhecendo, absolutamente alheio ao fato de que sua vida tenha sido guiada pelas rédeas do Monstro do Dinheiro.
O primeiro passo para destruir o poder sinistro do dinheiro é ser mais devotado a Jesus Cristo. As pessoas que caminham com Ele em passos firmes, diariamente, fazem uma descoberta fascinante: Ele satisfaz a alma delas profundamente. Ao vivenciar tal sensação, elas sentem cada vez menos necessidade de mitigar a dor da alma com analgésicos que o dinheiro pode comprar como roupas caras, carros de luxo e viagens exóticas. Jesus disse: “Ninguém pode servir a dois senhores…Não podereis servir a Deus e às riquezas.” (Mt 6:24). Em outras palavras, não podemos viver com base em dois valores. Ou vivemos dando valor ao nosso relacionamento com Jesus Cristo ou ao ganho material. Não podemos nos ajoelhar diante de dois altares.
Sugiro um plano financeiro bem simples que praticamente garante mais liberdade financeira. Em primeiro lugar, pague suas dívidas para com Deus, em segundo lugar, economize e em terceiro lugar, pague suas contas.
Diz Provérbios 3:9: “Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda.” Isso significa que devemos dar a Deus a primeira parte da nossa renda. A Bíblia repetidamente sugere um parâmetro mínimo de doação de dez por cento – o dízimo. (Mt 23:23; Lc 11:42; Ml 3:10). Dar o dízimo nos permite expressar nossa ação de graça pelo privilégio dos salários recebidos.Por outro lado também demonstra claramente nossa compreensão de que não somos proprietários dos recursos; Somos meros administradores do dinheiro que Deus nos permite ganhar.
Infelizmente muitos cristãos ficam nervosos sempre que ouvem falar em dízimo. Eles detestam dar o dízimo, pois lhe parece um débito que terão que suportar pelo resto da vida; no entanto, sentem-se culpados se não o fazem. É um caso clássico de dilema. Eles chegam a perguntar no que Paulo estava pensando quando escreveu estas palavras: “Deus ama ao que dá com alegria.”(2 Co 9:7).
Oitenta e cinco em cada cem americanos terminam com menos de 250 dólares em economias ao atingir a idade de 65 anos. Durante sua vida produtiva, eles ganharam centenas de milhares de dólares, mas na época da aposentadoria têm pouco com que comprová-lo. Por quê? Porque durante todos esses anos eles pagaram a todos, menos a si mesmo. Lucas 10:7 diz que: “Digno é o obreiro do seu salário”. E ainda assim a maioria das pessoas esquece seu próprio pagamento.
Como já observamos antes, o primeiro passo rumo a liberdade financeira é pagar nossa dívida para com Deus. O segundo passo é economizar, sem desculpas nem constrangimento. Quanto? Isso varia de acordo com os ganhos e a condição financeira, mas a maioria dos especialistas em finanças recomenda dez por cento do seu salário em um fundo mútuo, a uma taxa de nove por cento. Não é nenhuma estratégia do tipo “fique rico rápido”, nem um atalho rumo a segurança financeira, mas sim uma reserva de fundos que pode ser usada em emergências, instrução, aposentadoria, doações extras ou em qualquer outra coisa que Deus nos inspire.
Vivendo com 80% de sua renda mensal:
Identifique uma área específica da sua vida em que o Monstro do Dinheiro o tenha aprisionado. Se é apego a alguma coisa material, considere a possibilidade de doá-la. Se é obsessão por alguma coisa ou bugiganga pela qual se sinta atraído, decida não comprá-la. Se é a hesitação de dar a Deus os primeiros dez por cento daquilo que Ele coloca aos seus cuidados, comprometa-se a dar o dízimo. Qualquer uma dessas ações é um golpe poderoso contra o Monstro do Dinheiro e pode ajudá-lo a começar a experimentar a liberdade de romper o jugo que ele lhe impôs.
Se você jamais deu o dízimo, pense naquilo que Deus pode fazer por meio dos seus dons: Os ministérios que serão sustentados, e as pessoas que serão ajudadas, os indivíduos que ouvirão a mensagem do amor de Deus. Ore para que Deus lhe dê um espírito alegre e regozijante ao fazer sua doação.
Se você se sente pronto para dar o próximo passo, experimente fazer um planejamento que lhe permita separar uma soma de cada contracheque. Dez por cento é uma boa quantia, se você conseguir fazê-lo. Busque conselhos de quem entenda de investimentos. Se souber poupar, deixará o Monstro do Dinheiro cada vez com menos controle sobre sua vida. E assim você ficará livre para servir a Deus e dar generosamente quando o Espírito Santo o inspirar a fazê-lo.
(Por: Bill Hybels)
(Fonte: Série de estudos para grupos pequenos, livro “Autenticidade”, editora Interações.)
Um forte abraço, Naiara.